Há uns dois meses chegou a triste notícia de que a Revista SET iria parar de circular por problemas com a editora. Depois de alguns dias de luto e especulações, foi anunciado que a SET continuaria com uma nova equipe e nova cara.

Agora, as boas e más notícias. A boa é que realmente a SET continua nas bancas, a má é que não é a SET que eu esperava. Uma das qualidades da SET que eu gostava, era o texto leve, interessante e engraçado, ou como diz um dos leitores na seção de cartas da edição de Julho, a “conversa de boteco”.
Era uma delícia comprar, na primeira sexta-feira do mês, a SET com a certeza de que ia me divertir, fosse na seção de cartas, fosse nas matérias, fosse nas ótimas críticas do Rodrigo Salem, Ricardo Matsumoto e toda a galera. Era um papo entre pessoas que gostavam de cinema, não como bote salva-vidas para alguma coisa, para primeiramente como diversão.
A nova SET não passa essa paixão. É sisuda e formal demais, o que põe a perder a relevância das matérias que apresenta. A matéria sobre a castidade imposta as atuais produções do cinema nacional podia ser bem melhor não fosse essa formalidade toda.
Embora coisas boas se sobressaiam, como os artigos assinados que são bem interessantes, a nova SET perde feio para a antiga. A SET antiga, assim como o cinema, tinha como objetivo primeiro divertir o leitor. E conseguia. A SET nova nem sabe o que é isso, e é por isso que não funciona.

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