Rodrigo Faour escreveu um dos livros mais comentados de 2006 quando abriu o baú de histórias que rondam a música popular brasileira. Sem se ater a fofocas de bastidores e ao manjado "quem pegou quem", A História Sexual da MPB trazia um panorama das mudanças e costumes no Brasil e como a música influenciava e era influenciada por esses avanços.
Com o sucesso do livro, Faour teve a oportunidade de levar essas histórias para a televisão e transformou A História Sexual da MPB em uma série de seis programas que começaram a ser exibidos na última quarta-feira (24) no Canal Brasil. O primeiro programa foi focado na mulher, como ela era esculhambada nos anos 30 e 40, até mesmo por próprias mulheres intérpretes, já que as compositoras não tinham tanto espaço quanto os homens, e como o discurso feminista das décadas seguintes mudou esse discurso machista.
É claro que um programa de 30 minutos toca apenas superficialmente nesses temas, mas ainda assim, Faour conseguiu reunir um grande time de artistas que dão um vislumbre do processo de criação de músicas tão impactantes para a MPB. Outro acerto de A História...é resgatar imagens de arquivos, clipes antigos e trechos de filmes raros para ilustrar as músicas discutidas. No primeiro programa deram o ar da graça Wando, Ivan Lins, Caetano Veloso, Alcione, Simone e Erasmo Carlos, além de músicas como Moça (sobre uma moça que não é virgem ou "pura" como diz a letra), Começar de Novo (um hino para as divorciadas), Amélia e Estranha Loucura (odes à mulher submissa), e muitas outras.
A História Sexual da MPB é exibido toda quarta-feira, meia-noite, no Canal Brasil, com reprise às sextas, 21 horas. Os próximos temas abordados pelo programa serão: sensualidade, músicas de duplo sentido, dor de cotovelo, sexualidade transgressora e personagens nas músicas.


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