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Nós somos dois publicitários que se juntaram para falar de coisas geeks! Somos viciados em seriados, cinéfilos contentes e ávidos leitores! Prazer, eu sou a Nathalia, e eu sou o Jaime!


Os Irmãos Hughes não têm uma filmografia muito conhecida pelo público brasileiro. Filmes como Perigo para a Sociedade e Ambição em Alta Voltagem passaram pelos cinemas sem deixar marcas muito profundas. O Livro de Eli, novo trabalho deles, no entanto, tem boas chances de ser um marco na carreira dos irmãos: um roteiro interessante, um orçamento de gente grande (80 milhões de dólares) e um elenco encabeçado pelo sempre bom Denzel Washington
Levando-nos para um árido mundo pós-apocalíptico, O Livro de Eli é uma parábola sobre o poder da fé e do conhecimento travestida de ficção-científica movimentada. Denzel Washington vive Eli, um andarilho que detém em seu poder o único exemplar da Bíblia do mundo, que é o objeto de desejo do inescrupuloso Carnegie (Gary Oldman) que quer, com ela, dominar os desesperados e os fracos. "Isso não é um livro, é uma arma direto no coração das pessoas", diz certa vez, o que não deixa de ser verdade.
Mesmo recheado de alegorias que remetem à mitologia do cristianismo (Eli é mostrado quase como um Messias que carrega a Palavra, o Oeste que ele tanto busca tem ares de Terra Prometida, entre algumas outras), O Livro de Eli nunca soa religioso ou doutrinário, o que não deixa de ser um grande acerto. A direção dos Hughes é outra coisa boa a se falar, eles criam um mundo abandonado, cruel e inclemente com propriedade, com belos planos e a ajuda de uma fotografia que abraça bem o clima de aridez. Com boas doses de violência em cenas muito bem orquestradas, como a primeira demonstração das habilidades de Eli contra uma gangue de mercenários de beira de estrada, o filme não se furta de mostrar a prevalência da lei do mais forte naquele mundo novo (embora Eli represente a antítese disso, o que é exemplificado em uma das primeiras cenas quando ele alimenta um rato com carne de gato).
Acertado em sua quase totalidade, O Livro de Eli só peca na duração excessiva. Mesmo sendo uma história interessante e bem conduzida, perde um pouco de ritmo na metade final apresentando cenas dispensáveis como a visita de Eli e Solara a um casal de velhinhos. Com vintes minutos a menos, o filme ganharia mais. Mas isso é só um detalhe.

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