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Nós somos dois publicitários que se juntaram para falar de coisas geeks! Somos viciados em seriados, cinéfilos contentes e ávidos leitores! Prazer, eu sou a Nathalia, e eu sou o Jaime!






Crianças malvadinhas são um clássico no cinema de horror. Dos loirinhos estranhos de A Vila dos Amaldiçoados ao filho do demônio em A Profecia, rostos angelicais que escondem verdadeiros monstros tem um apelo inegável junto ao público.
Esquecidas há algum tempo pelo cinema, as crianças do mal voltaram com tudo nos últimos anos, com o remake de A Profecia, o suspense A Órfã e, agora, Caso 39. Dirigido por Christian Alvart, Caso 39 coloca Renée Zellweger as voltas com uma garota problemática que ela resolve ajudar após receber denúncias de que a garota estaria sendo negligenciada pelos pais. Mas os fatos estranhos que passam a acontecer a fazem desconfiar que a menina não é tão vítima quanto parece.
Sem interesse em apresentar uma estética limpa, Caso 39 se mostra sombrio e com poucas cores o tempo todo, aumentando o clima de desespero e loucura vivido pelos personagens. Alvart comanda bem a história seja nos momentos de tensão, seja para pregar sustos na platéia, mesmo que algumas cenas funcionem melhor do que outras. É o caso da sequência em que Emily (Zellweger) tenta entrar na casa da garota, Lily, antes que os pais da menina possam machucá-la. Dominando bem o momento, o diretor consegue passar todo o suspense e tensão que a cena pede, com cortes rápidos, trilha sonora integrada e boas atuações. O mesmo não acontece com a cena das vespas, por exemplo, que começa bem, mas se estende por minutos desnecessários, diluindo o impacto.
Além da direção de Alvart, outra boa surpresa do filme á a atuação de Jodelle Ferland, como Lily, a garota problemática que inferniza a vida de todos. Renée Zellweger também se sai bem evitando cair em lugares comuns do gênero, embora sua voz de gato soe irritante a certa altura do filme. Por fim, Caso 39 atinge seus melhores momentos no confronto entre Emily e Lily, que para mim, é o verdadeiro clímax do filme.
Com minutos em excesso que podiam ser suprimidos, Caso 39 é, em geral, um filme vitorioso. Ainda mais em meio a tantos filmecos com ritmo e enredo de videoclipe. É terror feito como antigamente, e palmas para isso.



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