As fitas de ação hollywoodianas têm o hábito de ser extremamente infantilizadas. Seja por buscarem uma classificação indicativa que permita que adolescentes sedentos por explosões e lutas coreografadas lotem as salas de exibição sem a presença dos pais, seja pela falta de roteiristas e diretores dispostos a costurar sequências cheias de adrenalina com uma história que realmente importe, os filmes de ação, não raro, são experiências tão boas quanto esquecíveis.
Exatamente por existir neste contexto, Zona Verde merece todos os méritos e elogios que podem ser dispensados a um filme de ação. Capitaneado pela dupla por trás de sucessos da Trilogia Bourne, Paul Greengrass e Matt Damon, Zona Verde não se incomoda em colocar o dedo na ferida e é, ao mesmo tempo, incisivo e livre de maniqueísmos ao tratar da guerra inventada pelos Estados Unidos em 2003.
A trama do filme se passa três semanas após o início da Guerra do Iraque, e acompanha o subtenente Miller (Damon) e sua equipe, que tem a missão de encontrar as armas de destruição em massa que teriam iniciado o confronto. Mas com o passar do tempo, e o surgimento de evidências de que tais armas não existem, Miller começa a descobrir as intrigas e mentiras que justificaram a invasão americana, e acaba ficando na mira tanto de americanos quanto de iraquianos.
Diretor de primeria categoria, Greengrass cria sequências sensacionais durante todo o filme. É o caso do prólogo que mostra Bagdá sendo bombardeada enquanto um figurão e sua família entram num carro e fogem. A câmera acompanha-os até o carro e depois sobe tremida para mostrar a cidade sendo bombardeada, é genial. Marca característica do diretor, a câmera nervosa e os cortes rápidos são usados com brilhantismo, dando um tom de urgência as bem comandadas sequências de tiroteios e perseguições.
Matt Damon comanda o filme com propriedade. Como um soldado que acreditava em seu país, Damom segura bem o drama de Miller que começa a ver suas convicções indo pelo ralo, ao mesmo tempo em que se mostra espeialista em cenas de ação.
Mesmo que ataque sem pudores os Estados Unidos no que diz respeito a guerra (a Zona verde, uma área cercada onde os americanos se mantêm livre da guerra, mais parece um oásis com cerveja e pizza, enquanto nas ruas de Bagdá, a população sofre sem água e eletricidade) Zona Verde não se fia a explicações simplórias. É como um personagem diz para Miller: "Se você quer respostas simples, esse não é o lugar." Talvez seja verdade. Mas quando, na cena final, Greengrass mosta um comboio americano passando em frente a uma refinaria de petróleo, fica claro que a resposta para a questão mais complicada, talvez seja a mais simples.
uaaaau, tá mudando!!!
Eu gosto do Matt Damon e adorei a trilogia Bourne, então vou querer ver esse filme!
Ow, Jaime, vc viu que saiu o ep 14 do Glee??? Teve música dos beatles, adoreeeei! *-*